Cidade portuguesa faz do Mandarin disciplina obirgatória para as crianças

05/11/2014

Quinhentos anos depois de os portugueses se terem tornado os primeiros europeus a estabelecer comércio marítimo com a China, uma cidade no norte de Portugal está a contar com a sua juventude para assegurar uma nova posição na grande Ásia.

A pequena e industrial cidade de São João da Madeira, capital portuguesa do sapato, que se especializa em modelos de luxo, fez do Mandarim disciplina obrigatória para as crianças de oito e nove anos. O objetivo é dar à juventude uma ferramenta competitiva para ajudar a vender o seu calçado para a China.

E o governo, lutando para colocar seis anos de crise para trás, está a assistir de perto à experiência desta cidade para ver se pode ser replicada em todo o país.

"A China é a chave que abrirá as portas para o maior mercado do mundo", disse Dilma Nantes, Vereadora da Educação em São João da Madeira.

A China pode ser conhecida como a fábrica do mundo e é de facto o maior produtor de calçado - fazendo 10 biliões de pares por ano - mas os sapateiros portugueses estão a começar a entrar no enorme mercado Asiático.

Chineses afluentes com um gosto para o luxo estão cada vez mais apaixonados pelos artesanais calçados portugueses, que estão em segundo lugar do mundo como os mais caros, depois dos italianos.

São João da Madeira, uma cidade de apenas 20.000 habitantes, quer chegar à frente educando os filhos desde jovens a falar Mandarim. E as crianças parecem gostar.

"Eu gostaria de ver a Grande Muralha", disse Eduardo de nove anos.

A sua colega Daniela acrescentou: "Chinês não é particularmente difícil".

"Eles são jovens e aprendem rápido", disse o Professor Wang, sorrindo.

A ideia é que as crianças que começaram as aulas com oito anos continuem com o estudo da língua até ao fim do ensino secundário.

Num workshop na cidade industrial, o chefe da empresa, Mário Tavares, está convencido de que esta medida irá dar às crianças uma clara vantagem no estabelecimento de negócios com a China um dia.

"A China tem o potencial para se tornar um dia o principal mercado", disse ele, acrescentando que os novos falantes de Mandarim, mais tarde, serão perfeitos para "empregos de vendas ou cargos de chefia nas fábricas".

Fonte: http://www.straitstimes.com/

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