Ao presidir à cerimónia do lançamento simbólico da primeira pedra do Parque Tecnológico de S. Miguel, Carlos César enfatizou a importância da infra-estrutura para o “crescimento e a promoção de uma cultura de inovação e de competitividade, integrando as empresas, desenvolvendo interações com vantagens comuns e apoiando negócios baseados no conhecimento.”
O Parque Tecnológico de S. Miguel receberá o nome de NONAGON – termo que designa um polígono com nove ângulos e nove lados, estando também associado a uma deusa romana protetora do nono mês da gravidez – o que levou o Presidente do Governo a referir o paralelismo feliz com as nove ilhas e as nove realidades dos Açores, bem como com a proteção e esperança num mundo novo.
“Ao assinalarmos, neste momento, a primeira fase desse processo, quero salientar a pretensão estruturante deste empreendimento e o seu vínculo a áreas emergentes no domínio das tecnologias ligadas às ciências da terra, das tecnologias de informação, de comunicação e do espaço, e à dinamização e convocação de investimentos privados nesses domínios”, disse.
A Câmara Municipal da Lagoa, parceira neste projeto, está a executar já a primeira fase, que engloba o Data Center e o Disaster Recovery Center, através de um contrato de financiamento celebrado com o Governo, no montante de 4,5 milhões de euros.
Como referiu Carlos César, até 2013 deverá ser iniciada a construção de dois novos edifícios, que acolherão empresas e entidades de investigação que, neste momento, já mostraram interesse, nomeadamente empresas de média e maior dimensão ligadas aos sectores das energias renováveis, das tecnologias da informação, comunicação e eletrónica.
“Estamos a trabalhar para promover, neste concelho de Lagoa, um autêntico pólo agregador e dinamizador de parcerias com universidades e empresas que, espero, se irá refletir não só na oferta de serviços especializados como na criação de emprego qualificado”, frisou o Presidente do Governo, salientando que a atração e fixação que se pretende alcançar com o NONAGON permitirão impulsionar a competitividade e o desenvolvimento económico.
Afirmando que, nesse desígnio, deve estar envolvida a Universidade dos Açores – “correspondendo ao significativo apoio que recebe dos contribuintes açorianos e às parcerias com o Governo Regional” – Carlos César realçou que a universidade açoriana não se pode deixar ultrapassar na mudança e na modernização que deve impelir e monitorizar”.
O estabelecimento de parcerias entre instituições de Investigação e desenvolvimento, a administração pública e o sector empresarial foram consideradas importantes pelo governante, que revelou ter o próprio Governo Regional já estabelecido diversos contactos com estruturas similares ao NONAGON, como é, por exemplo, o caso de parques como o de Silicon Valley.
“Igualmente numa perspetiva de internacionalização, estamos a trabalhar para lançar, ainda este ano, a Rede Prestige Açores, que pretendemos que seja constituída por destacados açorianos espalhados pelo mundo, com trabalho reconhecido em diversas áreas, desde o meio académico ao empresarial, nas áreas científica e tecnológica”, revelou o governante, para quem assim se convocarão o empenho e a mais-valia de muitos e qualificados concidadãos que trabalham noutras regiões e países.
“A nível interno importa reforçar não só a dimensão como a melhor articulação do investimento que é feito na nossa Região na investigação científica e desenvolvimento e na inclusão tecnológica”, acentuou.
Carlos César revelou ainda que, para esse efeito, “o Governo está a preparar a criação de um órgão interdepartamental, que será coordenado pela Secretaria Regional da Ciência e Tecnologia, e que, reunindo todos os decisores governamentais que activam esse investimento, promova uma maior integração e coerência, quer no plano das prioridades quer no das eficiências, das aplicações em causa de recursos públicos.”
14-09-2011 - GACS
